Segundo PBH, local ficou seis meses sem tratamento por motivos contratuais.
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Um dos Patrimônios Culturais da Humanidade, o Conjunto Arquitetônico da Pampulha, incluindo a Lagoa, tem sido alvo de descuido por parte da população belo-horizontina. Cerca de dez toneladas de lixo são retiradas por dia da lagoa. Já em dias de chuva, a quantidade dobra.
Para manter o título de Patrimônio, é necessário cuidar do local, de acordo com o contrato estabelecido. Se fiscais concluírem que o lugar é maltratado, o título pode ser retirado.
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Objetivo do tratamento na Lagoa é diminuir matéria orgânica, além de controlar as algas
De acordo com a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), por seis meses a lagoa ficou se tratamento. O órgão afirmou que isso ocorreu por causa da burocracia da renovação de contrato com a empresa responsável. A intervenção voltou a ser feita no dia 2 de outubro.
Para o tratamento, dois produtos essenciais voltaram a ser usados. Um retira o fósforo, que é o alimento da alga que prolifera e faz o espelho d’água ter uma cor esverdeada. O outro reduz a quantidade de matéria orgânica, como as fezes que chegam do esgoto.
Meta é atingir a qualidade ideal da Lagoa da Pampulha em até 6 meses
O ponto próximo ao Córrego Tijuco é um dos que têm um dos piores cheiros. No entanto, de acordo com o diretor de gestão de águas urbanas, Ricardo Aroeira, o córrego não tem relação com o mau odor. “Aqui é como se fosse uma enseada, e a troca de água nesses pontos é mais lenta. Por isso tem acúmulo de algas enquanto o processo não atinge o estado ideal”.
Ele ainda disse que a parceria da prefeitura com a Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) está indo bem, e esgotos estão sendo coletados, interceptando a poluição que chega na lagoa. De acordo com a Companhia, 5% do esgoto que era lançado, ainda está sendo jogado nessa área.
Trabalho de tratamento da água foi retomado em outubro na Lagoa da Pampulha
Além dos dejetos, outro problema da poluição da lagoa é a grande quantidade desses materiais ricos em matéria orgânica e fósforo acumulados, ao longo de décadas, no fundo do lago. O diretor explicou que isso favorece o estado de eutrofização, ou seja, a proliferação exagerada de algas no espelho d’água.
A meta é que a qualidade da água da lagoa volte para o nível três até abril de 2019, com o prazo de seis meses. Estar no nível atual, o quatro, significa que não se deve tocar ou deixar animais beberem a água.
Via: globo