Despoluição é requisito da Unesco para manutenção do título de Patrimônio Mundial da Humanidade.
O tratamento da água da Lagoa da Pampulha, em Belo Horizonte, está paralisado desde março deste ano quando o contrato com a empresa que fazia o trabalho foi encerrado. Alguns pontos estão cobertos por uma camada verde viscosa. O mau cheiro voltou a ficar insuportável para quem caminha na orla. A Prefeitura de Belo Horizonte está realizando um processo para selecionar outro fornecedor e reconhece que a interrupção do tratamento colabora para o problema. Outras ações para recuperar a lagoa continuam. Todos os dias uma equipe de limpeza retira de dez a vinte toneladas de lixo do local.
A segunda etapa do desassoreamento começa este ano e vai até 2022. O investimento é de R$ 70 milhões. A Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) afirmou que desviou 95% do esgoto. Mas segundo a prefeitura, a lagoa ainda recebe a água suja das casas de 25 mil pessoas de Belo Horizonte e de Contagem, na região metropolitana. Em uma escala de qualidade da água que vai de 1 a 4 pela legislação ambiental, a Lagoa da Pampulha avançou no fim de 2016 para o nível 3. Isto significa que não é possível nadar no local, mas já é permitido fazer esportes náuticos. A despoluição da Lagoa da Pampulha é um dos requisitos da Unesco para que o Complexo Arquitetônico criado por Oscar Niemeyer mantenha o título de Patrimônio Mundial da Humanidade.
Via: globo